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PSICOLOGIA

Porque devo conhecer os sintomas do autismo se eu não tenho um filho autista?

Maria do Carmo, psicóloga e neuropsicóloga que atua no Vale do Aço, comenta sobre o assunto. Assista o vídeo

Publicado em 15/05/2024 às 13:11
Atualizado em

(Foto: Maria do Carmo - Psicóloga e Neuropsicóloga)

Quero chamar a atenção de vocês para um assunto muito importante. Por que eu tenho que conhecer e saber os sintomas do autismo se eu não tenho um filho autista?

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, que é uma instituição dos Estados Unidos, uma em cada 36 crianças é diagnosticada com autismo. Então, se você não tem um filho com autismo, a qualquer momento você pode ter no seu convívio uma criança autista. Seja filho de um parente ou de um amigo.

É interessante você conhecer os sintomas do autismo. Além disso, seu filho pode ter na escola um coleguinha com autismo, e você vai precisar orientá-lo, principalmente precisará ensiná-lo a ser empático, a acolher essa criança, a ser inclusivo, e não ter o preconceito. Quando você se depara na sociedade como criança em crise, você vai entender que essa criança não está fazendo uma birra, ou que os pais não sabem educar. Vai entender que essa birra faz parte dos sintomas e que essa criança não pode estar ali com uma crise voltada para alguma questão comportamental dela.

Além disso, é muito importante você saber que as crianças com autismo têm direitos adquiridos em lei, então se você não conhece, você pode estar deixando de cumprir com essa lei ou não colaborando para que seja cumprida. E por outro lado, o mais importante é que nós precisamos ser empáticos com as famílias, que por vezes já estão sobrecarregadas, cansadas pela rotina do dia a dia. Ter um filho com autismo demanda muito tempo, demanda às vezes uma rotina de terapias, atendimentos, fora as crises, os comportamentos da criança que acabam sobrecarregando ainda mais os pais. Se a gente não for empático, acolhedor, essa rotina fica ainda mais pesada.

Sugestões para as famílias trabalharem a conscientização e a inclusão social de uma criança autista:

- Quando perceber que uma criança autista quer se juntar às outras, não impeça seu filho de brincar junto, uma sugestão é que o convide para a brincadeira, basta explicar que o autista tem algumas diferenças, mas que isto não impede que ambos sejam amigos.

- Uma das características que os autistas podem apresentar é o fato de não gostarem de abraços e outros tipos de contato físico, percebendo isto, é interessante estimular brincadeiras que proporcione outras condições.

- Nunca subestime a capacidade de um autista, pois se por um lado o autista pode ter algumas limitações, por outro lado ele pode se desenvolver muito bem em algumas atividades, sabendo identificar essas habilidades é importante estimular o contato com outras pessoas do qual ele possa se identificar.

É importante sempre lembrar que o autista não pode viver isolado, e que toda forma de interação é bem vinda, não esquecendo de suas dificuldades e limitações, respeitando sempre suas condições.

Sobre o Especialista

Maria do Carmo M. Heleno

Psicóloga/Neuropsicóloga

CRP- 04/46960

Um breve resumo da minha formação e atuação:

Maria do Carmo é Psicóloga, com especialização em Neuropsicologia e Terapia Cognitiva Comportamental e pós graduanda em ABA.

Atua desde 2017, sendo atualmente integrante da clínica Neurolife na Rua Vinhático, 15, sala 809, Horto-Ipatinga.

Sua atuação inclui a realização de Avaliação Neuropsicológica para o público infantil, adulto e idoso e a reabilitação/estimulação cognitiva.

Whatsapp: (31) 99429-3204

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