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SIDERURGIA

Usiminas anuncia paralisação do alto-forno 1 em Ipatinga

A paralisação acontece por conta da alta importação do aço chinês e consequentemente resultará em desempregos

Publicado em 11/12/2023 às 14:59
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Marcelo Chara, presidente da Usiminas (Foto: Portal da Cidade Ipatinga)

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Na manhã desta segunda-feira (11), o Presidente da Usiminas, Marcelo Chara, anunciou a paralisação do alto-forno 1 em Ipatinga por conta da alta importação do aço chinês. Conforme foi anunciado, para a Usiminas competir com os aços importados algumas mudanças terão que ser feitas, como a desativação do alto-forno 1.

Marcelo Chara, presidente da Usiminas, ressaltou sobre seu ponto de vista em relação a alguns investimentos desenvolvidos e também sobre a possível crise financeira. “Estamos felizes em ter acabado a obra do alto-forno 3, mas fico preocupado com as perspectivas principalmente da importação do aço chinês, pois está afetando seriamente toda indústria”, disse. 

O presidente da Usiminas disse ainda que o fechamento do alto-forno 1 irá resultar em consequências negativas para o Vale do Aço. “Teremos que ajustar a produção, reduzir nossos planos de crescimento e desenvolvimento. Vamos anunciar o fechamento do alto-forno 1 após os ajustes finais e o impacto disso implica em demitir funcionários. Infelizmente teremos que fazer isso, pois pelo contrário comprometemos a competitividade da Usiminas", destacou. 

Para Marcelo Chara, a medida básica de defesa seria o governo federal solicitar a taxação do produto chinês, assim como ocorre em outros países como os Estados Unidos, México, etc, pois igualando as taxas, evitaria que aço chinês ingressasse a preços subsidiados. 

O presidente da Usiminas anunciou também a paralisação da Coqueria 3. “A decisão foi tomada, pois, as condições ambientais não atendiam o nosso compromisso com a comunidade e com os órgãos públicos, por isso decidimos parar definitivamente os trabalhos”, pontuou. 

Durante o encontro com a imprensa, o presidente disse que está entrando três vezes mais de aço do que a quantidade que a Usiminas consegue produzir, e destacou a perspectiva para 2024 diante deste cenário para a região. “Nós temos que ser bons em todas as condições de mercado, para que nossa competitividade nos fortaleça para enfrentar um mercado complexo como esse. Ter foco em ser mais fortes e mais rigorosos em nossa gestão de segurança, além de sermos transparentes e próximos à comunidade que trabalhamos, sempre com foco sistemático, perseverança e compromisso. Não é fácil e nosso foco será aumentar nosso grau de competitividade, queremos ser melhores e mais fortes, 2024 será um ano de perspectivas não muito otimistas”, finalizou. 

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