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TURISMO

Parque Estadual do Rio Doce está entre as opções de lazer para férias em MG

O PERD foi um dos parques mais visitados em 2023, com aproximadamente 30 mil visitações; Confira também outras sugestões de parques estaduais

Publicado em 12/01/2024 às 11:45
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(Foto: Portal da Cidade Ipatinga)

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As Unidades de Conservação (UCs) gerenciadas pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) registraram, ao longo de 2023, o maior número de visitantes dos últimos quatros anos.

Dados consolidados pelo Painel de Indicadores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) mostram que 860 mil pessoas passaram pelas 35 unidades que realizaram controle de visitação em Minas, entre Parques Estaduais, Áreas de Proteção Ambiental e Monumentos Naturais. Dentre essas unidades, está o Parque Estadual do Rio Doce (PERD), que está situado na porção sudoeste do Estado, na região do Vale do Aço, inserido nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo, margeado pelo rio Doce em cerca de 43 Km do seu leito, separando o PERD dos outros municípios vizinhos. Em seus 35.976 hectares, a unidade de conservação abriga a maior floresta de mata atlântica de Minas Gerais.

Sua rica diversidade natural abriga árvores centenárias, 70 espécies de mamíferos e mais de 300 espécies de pássaros catalogados, grande diversidade de flora e espécies de peixes que habitam os 42 lagos do Parque.

O PERD ainda oferece diversas atividades de lazer, como banhos, passeios de barco, pesca esportiva e caminhadas pelas trilhas no meio da mata atlântica. Além disso, oferece uma infraestrutura completa para atendimento a turistas e pesquisadores: portaria, estacionamento, área de camping, alojamento, vestiários, restaurante, anfiteatro, biblioteca especializada, videoteca, Centro de Visitantes, Centro de Pesquisas, Viveiro e posto de Polícia do Meio Ambiente.


Vista aérea da mata atlântica do PERD, na região da Travessia Transperdida - Foto: Portal da Cidade Ipatinga

Unidades mais visitadas

O Painel de Indicadores do Sisema traz o número aproximado de visitação por unidade de conservação. Confiram quais foram as mais visitadas em 2023:

1º - APA Parque Fernão Dias - 140 mil

2º - MNE Serra da Piedade - 120 mil

3º - PE Serra do Rola Moça - 100 mil

4º - PE Ibitipoca - 80 mil

5º - PE Serra Nova e Talhado - 70 mil

6º - MN Peter Lund - 50 mil

7º - PE Sumidouro - 40 mil

8º - PE Rio Doce - 30 mil

9º - MN Várzea do Lageado - 30 mil

10º - PE Lapa Grande - 20 mil

Em janeiro, neste período de férias escolares, vários parques estão abertos à visitação e com atividades especiais.

Melhorias de acesso ao Parque Estadual do Rio Doce

Primeira unidade de conservação criada no estado de Minas Gerais e uma das primeiras do país, o Parque Estadual do Rio Doce, no Vale do Aço, foi beneficiado em 2023 com a entrega das obras de pavimentação da LMG-760, pelo Governo de Minas, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG).

A melhoria do trecho, de aproximadamente 50 quilômetros, era aguardada pela população local há cerca de 40 anos e facilitou o acesso à unidade de conservação.

As intervenções fazem parte do Provias, programa do Governo de Minas que é o maior pacote de obras rodoviárias da última década. O investimento foi da ordem de R$ 207 milhões.

O parque, que completa 80 anos em 2024, tem a maior área contínua de Mata Atlântica preservada no estado, incluindo rica biodiversidade e árvores centenárias.

Os rios Doce e Piracicaba são os principais corpos d’água da região. No local, é possível encontrar o jequitibá, a garapa, o vinhático e a sapucaia. Também abriga espécies raras e ameaçadas de extinção tanto da flora como da fauna.

Entre as principais atividades para os visitantes está a travessia "Transperdida" e a observação de aves. Clique aqui e confira a matéria exclusiva produzida pelo Portal da Cidade Ipatinga sobre esta trilha. Ambas necessitam da contratação de condutores. O valor cobrado pela entrada no parque é de R$ 20.

Índice de visitação às Unidades de Conservação (UCs) gerenciadas pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF-MG) e Investimentos

O número representa um aumento de 45,76% em relação a 2022, quando foram registradas 590 mil visitas, e reforçam ainda mais a importância das políticas de conservação implementadas pela autarquia.

Atualmente, 95 UCs estão sob gestão do IEF, sendo que 23 delas possuem estrutura adequada para receber turistas. Muitas se destacam pela grande beleza cênica e relevância ecológica e foram criadas com a finalidade de preservar recursos hídricos como mananciais, veredas e cachoeiras, além das formações geológicas e geomorfológicas como cavernas, cânions e picos.

As unidades ainda podem proteger o patrimônio cultural, histórico, paleontológico e arqueológico, a fauna e flora nativas, especialmente as espécies ameaçadas de extinção, e propiciar pesquisas científicas, educação e interpretação ambiental e turismo de natureza.

A visitação nas unidades de conservação está sujeita às normas e restrições estabelecidas em seu Plano de Manejo ou pelo IEF. Em algumas delas o acesso só é permitido em caso de pesquisas científicas e depende de autorização prévia do órgão.

Segundo dados da Gerência de Planejamento e Orçamento (GPO) do IEF, em 2023 foram investidos R$ 70.332.142,44 nas Unidades de Conservação, incluindo melhorias, regularização fundiária, custeios, folha pessoal e contratação de brigadistas temporários. A previsão para 2024 é de que os investimentos cresçam em aproximadamente 10,60%, podendo chegar a R$ 77.788.169,28.

A diretora de Unidades de Conservação, Letícia Horta Vilas Boas, diz que os dados de visitação vêm ratificando a retomada do uso público no período pós-pandemia.

"Houve um aumento de mais de 275 mil visitantes entre 2022 e 2023. Tal fato é fomentado pelo Programa de Concessão de Parques Estaduais (Parc), à implantação de estruturas de uso público e fortalecimento da gestão do IEF, oportunizada por parcerias com instituições como o Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), por meio do Projeto Copaíbas, por exemplo, e a aplicação de recursos de compensações ambientais, em especial a compensação minerária", diz.

Segundo ela, a inovação nos processos de elaboração dos planos de manejo, com a escuta das comunidades localizadas no interior das unidades, por meio de Consultas Livres Prévias e Informadas (CLPI), permitirá uma gestão ainda mais colaborativa e inclusiva no território de inserção dessas áreas protegidas.

"Tal ação repercute decisivamente na forma como essas unidades são percebidas, também pelo seu entorno, como importantes focos de prestação de serviços ambientais. Em 2024, vamos priorizar a utilização de ferramentas de gestão como o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), Sistema de Analise e Monitoramento de Gestão (SAMGe), Painel de Indicadores do Sisema e demais sistemas em fase de planejamento”, detalha.

“Aliadas à elaboração de planos de manejo ainda mais comprometidos com os usuários dos territórios das UCs, certamente permitirão a consecução dos objetivos de criação destas unidades de conservação, com a excelência esperada do IEF", avalia.

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