A cirurgia endoscópica já é utilizada em várias especialidades, incluindo a própria neurocirurgia nas abordagens de lesões intracranianas e da sela túrcica. Estes procedimentos consistem em utilizar um dispositivo chamado endoscópio, acoplado a uma câmera de alta definição, com uma fonte de luz que projeta as imagens expandidas em um monitor de vídeo externo. Pelo seu interior são utilizados os diferentes instrumentais empregados na cirurgia.
O avanço das técnicas e dos materiais endoscópicos possibilitou as abordagens de patologias da coluna, já há alguns anos em diversos países, e mais recentemente, tem se tornado uma rotina no Brasil, sendo inclusive já incorporado no rol de procedimentos da Agencia Nacional de Saúde (ANS), órgão federal que orienta sobreprocedimentos que devem ter cobertura pelos planos de saúde.
No Brasil, cerca de 300.000 pessoas são submetidas, por ano, a procedimentos cirúrgicos tradicionais abertos para tratar a hérnia de disco. Existem estudos que mostram que a cirurgia feita com o auxílio do endoscópio é tão eficaz quanto a tradicional, com a vantagem de ser menos invasiva.
Cirurgia endoscópica / Foto: Arquivo pessoal
Como esta cirurgia é realizada?
Para o tratamento da hérnia de disco lombar, é aplicada uma anestesia geral, sendo então realizada uma pequena incisão, geralmente menor que 1 cm, por onde é inserida uma cânula, onde passará o endoscópio e os instrumentais apropriados para a retirada do disco lesado. O paciente geralmente tem alta no dia seguinte, e em alguns casos, poderá receber alta no mesmo dia.
Visão do procedimento pelo monitor de vídeo / Foto: Arquivo pessoal
Quais são os benefícios da técnica endoscópica?
• Menor incisão (aproximadamente 1 cm)
• Menor trauma sobre a musculatura e estruturas da coluna
• Taxa de infecção menor
• Menor tempo de internação
• Reabilitação e retorno às funções do paciente em menor tempo
• Menor taxa de sangramento
Quais os riscos da endoscopia de coluna?
As complicações destes procedimentos com profissionais habilitados são raras e consistem em punção do nervo, infecção, saída de líquor, recidiva de hérnias e hematomas. A taxas de complicações se situam abaixo de 3% dos casos.
Quando indicar esta cirurgia?
Apesar desta técnica englobar quase todos os tipos de hérnias de disco, cabe ao médico especialista avaliar, individualmente, se este procedimento é o que adequa-se melhor para o paciente em questão.
Portanto, o tratamento ideal deve ser individualizado e definido após uma avaliação criteriosa de um especialista em cirurgia da coluna.
Conheça o Especialista
Dr. James Wagner Morais é neurocirurgião, com especialidade em cirurgias do cérebro e da coluna vertebral. Formou-se pela Faculdade de Medicina da UFMG e especializou-se em Neurocirurgia na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. É neurocirurgião do Hospital Metropolitano Vale do Aço e do Hospital Márcio Cunha.
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