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NEUROLOGIA

Dor de cabeça: algo comum e frequente em pessoas de todas as idades

Conheça a cefaleia, seus principais tipos, diagnóstico e tratamento

Publicado em 21/11/2022 às 16:51
Atualizado em

(Foto: Dr. Marcos Leonardo Condé (Foto: Jeferson Lopes / Portal da Cidade Ipatinga)

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Cefaleia ou dor de cabeça 

A cefaleia ou dor de cabeça pode ser classificada em cefaleias primárias e cefaleias secundárias. Ao primeiro grupo pertencem às dores de cabeça que indicam, ao mesmo tempo, a enfermidade e o sintoma. Ao segundo, aquelas que estão correlacionadas com outras doenças. Por exemplo: sinusite, encefalite, meningite, tumores cerebrais, AVC, tumores cranianos, distúrbios oftalmológicos e do ouvido, dentre outras causas. Há casos, porém, em que não é possível definir a causa da dor de cabeça.

Dores de cabeça podem ocorrer em pessoas de todas as idades, desde o nascimento até a velhice. Essa queixa também comum na infância pode estar relacionada com um distúrbio físico, emocional ou psicológico, ou ainda ser efeito colateral de algum medicamento.

Tipos e sintomas

Existem vários tipos de cefaleias primárias. Os mais frequentes são a cefaleia tensional e a enxaqueca. A cefaleia tensional costuma ser a mais prevalente e pode ser aguda ou crônica. Como o nome diz, resulta da tensão prolongada da musculatura cervical (ao redor do pescoço) e da musculatura ao redor do crânio. Em geral, é uma dor em peso ou aperto, bilateral, de intensidade leve ou moderada, que se manifesta na testa, na nuca ou na parte de cima da cabeça. A duração da crise varia bastante. No entanto, em geral, não impede que a pessoa exerça suas atividades rotineiras.

A enxaqueca, ao contrário, afeta mais as mulheres. Também chamada de migrânea, é um distúrbio neurovascular crônico, multifatorial e incapacitante. As crises podem surgir em qualquer idade, mas é mais comum terem início na adolescência.

O sintoma característico é a dor de cabeça unilateral e latejante, de intensidade média ou forte, que pode ser precedida por uma aura premonitória (embaçamento da visão ou aparecimento de pontos luminosos, manchas ou linhas em zigue-zague). Outros sintomas são náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), aos sons (fonofobia), aos movimentos e irritabilidade.

Diagnóstico

O diagnóstico dos diferentes tipos de cefaleia deve ser realizado pelo neurologista e começa pelo levantamento da história do paciente e pelo exame clínico e neurológico com o objetivo de determinar as causas e as características da dor. Alguns exames de sangue e de imagem, como ressonância magnética, tomografia de crânio podem ser necessários para estabelecer o diagnóstico diferencial.

Tratamento

Nos casos de cefaleias secundárias, o tratamento se voltará para o controle das enfermidades de base. Quanto às cefaleias primárias, ele varia de acordo com o tipo da doença. Crises esporádicas de cefaleia tensional costumam responder bem ao uso de analgésicos comuns. Nos quadros crônicos, medicamentos de uso constante podem auxiliar na diminuição da intensidade e frequência da dor. Mudanças no estilo de vida que ajudam a controlar a tensão e o estresse, assim como a prática de exercícios físicos e de relaxamento são medidas importantes tanto para a prevenção quanto para o alívio da dor.

Muitas vezes, os episódios de enxaqueca podem ser controlados com analgésicos comuns. Quando isso não acontece, precisamos utilizar medicamentos de ação específica, que apresentam bons resultados no controle da dor e baixa incidência de efeitos colaterais. A resposta ao tratamento é mais eficaz, quando iniciado logo que surgem os primeiros sintomas. 

O uso excessivo de analgésicos (mais de duas vezes por semana) pode levar à cefaleia crônica, piorando a evolução do quadro.

Lembrando que a dor de cabeça deve ser avaliada e acompanhada pelo especialista para um tratamento mais eficaz.

Sobre o Especialista

Dr. Marcos Leonardo Condé | CRM-MG 32.618

Médico formado pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Neurologista – membro titular da Academia Brasileira de Neurologia | RQE 12.659

Neurofisiologista Clínico – membro titular da Sociedade Brasileira de Neurofisiologia Clínica | RQE 26.436

Instagram: @leocondeneuro

Consultório: Proevoluir - Clínica Integrada

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