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PREJUÍZO FINANCEIRO

Por que os golpes bancários estão cada vez mais comuns?

Os golpes estão em expansão, se tornando cada vez mais difícil acompanhar a variedade de cenários usados para enganar as pessoas

Publicado em 02/12/2022 às 10:28
Atualizado em

(Foto: Divulgação / Arquivo pessoal de Dr. Pedro Paulo Araújo Pereira Costa )

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Os golpes são excelentes negócios e estão em expansão. Desde telefones informando que você ganhou milhões de reais em uma loteria, até ‘e-mails’ de pessoas se passando pelo seu banco, estão se tornando cada vez mais difícil acompanhar a variedade de cenários usados para enganar as pessoas.

As vítimas sofrem perdas financeiras substanciais, e passam por um sofrimento psicológico que não pode ser recuperado tão rapidamente.

Coletivamente, pessoas em todo o mundo perdem bilhões a cada ano para fraudes bancárias, as estatísticas apontam que R$ 63,3 bilhões perdidos globalmente em 2020. Os números precisos são difíceis de obter devido à subnotificação substancial deste crime. Relatórios recentes sugerem que apenas 27,5% das vítimas nos Brasil denunciam o crime às autoridades.

Os avanços na tecnologia significam que os golpes se tornaram mais sofisticados. Os golpistas configuram sites inteiros falsos, completos com logotipos da empresa. Os papéis timbrados podem ser imitados e os números de telefone ou endereços de e-mail podem até ser falsificados. O objetivo pode ser fazer com que você clique em um link, faca um PIX, forneça seus dados pessoais ou baixe um anexo, mas todos esses golpes usam técnicas de influência específicas para levar as pessoas a responder.

Golpes também são projetados para provocar uma resposta emocional. Isso pode ser uma emoção positiva, como entusiasmo por ganhar dinheiro, ou esperança na perspectiva de um romance online, ou pode ser uma emoção negativa, como medo, ansiedade ou pânico sobre atividades fraudulentas identificadas em sua conta bancária.

Isso permite que os golpistas influenciem os processos cognitivos que as pessoas usam ao tomar decisões. Eles encorajam as vítimas a usar atalhos mentais, para que tomem decisões rapidamente e sem pensar. Por exemplo, ao vincular golpes por e-mail ou telefone a notícias atuais e de alto perfil, os golpistas podem aumentar a probabilidade de as pessoas acreditarem neles. Isso ocorre porque as coisas que vêm à mente mais rapidamente têm maior probabilidade de serem julgadas como importantes e genuínas.

Estimular um senso de urgência nos destinatários, impondo um limite de tempo para responder, também aumenta a probabilidade de as pessoas se sentirem pressionadas ao tomar decisões. Eles basearão suas escolhas em respostas emocionais e pistas sociais, em vez de considerar sistematicamente a provável autenticidade da comunicação. Isso ocorre porque respostas como pânico em potencial roubo de valores ou informações podem fazer com que as pessoas priorizem o alívio dessas emoções. Eles se concentram em objetivos de curto prazo que os farão se sentir melhor. Nesse caso, isso significa responder ao golpe.

A conscientização geral sobre golpes está definitivamente aumentando, o que nos ajuda a ser mais cautelosos sobre a quem damos informações. No entanto, a conscientização é apenas uma maneira de combater as fraudes. Há uma crescente consideração de que modelos mais amplos, como informações dos setores públicos e mudança de comportamento podem desempenhar um papel importante no tratamento desse problema.

Isso significa considerar os diferentes fatores que influenciam a forma como respondemos a golpes, como nossas atitudes e crenças específicas, experiências anteriores e o comportamento das pessoas ao nosso redor.

Quando decidimos responder a um e-mail, ou acreditar na pessoa do outro lado do telefone, essas decisões provavelmente se baseiam em nossas atitudes e crenças anteriores. Por exemplo, você percebe um risco potencial em responder a um prêmio de loteria? Você geralmente confia que as pessoas são quem dizem que são ao telefone? Você costuma compartilhar links de e-mail? Você já teve uma experiência ruim ao clicar em um link? Esses fatores podem torná-lo mais ou menos propenso a interagir com golpes que exploram essas normas comportamentais.

No momento, simplesmente não sabemos como essas diferentes crenças e atitudes afetam a tomada de decisão das pessoas quando confrontadas com um golpe. Até que entendamos como os fatores afetam e por que as pessoas respondem a golpes, é difícil reduzir o problema. A única maneira de isso acontecer é se as pessoas estiverem dispostas a falar abertamente sobre suas experiências de golpes.

Todas as campanhas de conscientização conhecidas não derrotarão os golpistas se as pessoas continuarem a se sentir envergonhadas por cair em suas táticas. Precisamos reduzir o estigma associado a esse tipo de fraude, para que no futuro, possamos compreender funcionamento de todos os tipos de golpes. Além disso, precisamos nos orientar com um profissional especialista nesta área, então, só assim, podemos ser capazes de vencê-los.

Sobre o Especialista

Dr. Pedro Paulo Araújo Pereira Costa

OAB-MG (BRASIL) 148.141

Advogado formado pelo Centro Universitário do Leste Mineiro, advogando há 12 anos nas áreas de Direito Bancário / Empresarial

Especialista pelo Centro Universitário Newton Paiva em Direito aplicado a Segurança Pública.

Membro titular da Academia Brasileira de Direito Civil – R: 010101

Membro titular da American Bar Association (EUA) – R: 05855477

Rua Primeiro de Novembro, n. 27, Centro Norte, Timóteo/MG

Rua Bernardo Guimaraes, n.67, Funcionários, Belo Horizonte/MG

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